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Câncer: diagnóstico não é sentença

Câncer: diagnóstico não é sentença

No dia 25 de junho, a Solus Oncologia transmitiu uma live com o tema citado acima. O objetivo foi colaborar na elaboração de outras construções acerca do estigma negativo que o câncer carrega. Para tal, a médica Dr. Milena e a psicóloga, Adriana Paes, ambas da Solus Oncologia, promoveram um bate papo sobre as dificuldades encontradas pelos pacientes e familiares no momento do diagnóstico de uma doença culturalmente estigmatizada que, ainda hoje, está repleta de representações negativas que parecem não dissolver.

Partindo das experiências das próprias profissionais que, ao receber o paciente e seus familiares numa primeira consulta, após o diagnóstico, observam toda a simbologia da doença em seus relatos. Estes são impregnados de medo e experiências previas com familiares e conhecidos que, muitas vezes, não condizem com o contexto atual ou, até mesmo com o tipo de câncer que o paciente possui.

Relatos, como os descritos logo a seguir, representam o que a maioria das pessoas pensam e sentem ao receber o diagnóstico de câncer. São relatos de pacientes da clínica:

O câncer é uma doença que corrói, destrói o nosso corpo.”

“Às vezes eu me sentia culpada por estar doente, porque as pessoas me falavam que eu estava com a doença por comer açúcar, por ter tatuagem, ter feito alisamento no cabelo.”

“Os filmes que retratam o câncer, quase sempre o personagem morre no final. Então, quem não tem um contato com um paciente, acaba tendo só isso como referência.”

“O câncer é uma enfermidade cercada de estigmas que afeta o emocional da gente. Gera sentimentos negativos como medo, insegurança, tristeza, dor e sofrimento.”

“A única coisa que me ocorre é que quando criança a palavra câncer não era pronunciada. Dizia-se doença ruim.

“Quando recebi o diagnóstico, foi como uma sentença de morte. Meu pai faleceu após poucos meses. Quando vi os resultados dos meus exames, tudo o que aconteceu com meu pai, desabou sobre mim.”

“A cabeça vira um turbilhão, são muitas informações, num primeiro momento é tudo muito difícil.”

Câncer é nome genérico de várias doenças. O câncer de mama é dividido em tipos e subtipos. Dependendo do diagnóstico e do estadiamento da doença, o paciente terá uma abordagem e protocolo específico, podendo ser quimioterapia neoadjuvante, quimioterapia adjuvante, radioterapia, hormonioterapia, imunoterapia, cirurgia… Além disso, os efeitos colaterais dos tratamentos também vão variar em intensidade e depender de vários fatores, entre eles, o tipo de medicamento e as comorbidades que o paciente possui. É essencial ter em mente que uma pessoa que tratou de um câncer de pulmão, por exemplo, há quinze anos, não tinha à sua disposição tratamentos que existem atualmente. Assim os efeitos também não serão os mesmos. A medicina se atualiza continuamente com tratamentos mais modernos eficazes e, cada vez mais, individualizados.

Importante ressaltar que a vivência do adoecimento é única, singular e assim deverá ser tratado. Então, além do estigma que carregamos culturalmente, cada indivíduo tem suas representações particulares da doença, sua história, como cada um percebe a doença e se percebe doente, seus medos… O acolhimento do profissional de saúde, a escuta e a informação são ferramentas essenciais para desmistificar o câncer e contribuir significativamente no processo de enfrentamento e compreensão do paciente em relação à sua doença, possibilitando a construção de novos conceitos e sentidos. Proporcionar a expressão das emoções e dos pensamentos dos pacientes e seus familiares auxiliará no processamento do adoecimento. Entendendo sua história será possível desconstruir conceitos arraigados a uma época onde as possibilidades de cura e/ou sobrevida eram infinitamente menores que hoje.

Importante salientar que a informação é uma arma poderosa que temos na mão, mas precisa ser de fonte segura e confiável. O médico, e sua equipe, é a fonte mais segura de informação pois conhece sua doença e acompanha todo o processo intervindo, algumas vezes, fazendo alterações e, principalmente, promovendo escuta, validando e legitimando suas dificuldades.

Os relatos que recebemos, acima citados, vieram também permeados com sentimentos de esperança e demonstrações de que uma equipe competente tecnicamente, acolhedora e que promove informação segura, é capaz de promover bem-estar e amenizar o sofrimento dos pacientes e de seus familiares, como o relato de um deles:

…o acolhimento de vocês e da minha família, dos amigos, foi muito importante para que eu ficasse mais tranquilo, tivesse confiança…aos poucos tudo foi mudando na medida que recebi o acolhimento de vocês, na medida em que o tratamento se revelou bem menos pior do que eu imaginava. A informação, eu diria, que fez toda a diferença em um ambiente tranquilo onde a absorção dessa informação pode acontecer de fato.”

Que a gente consiga mudar um pouco nossa mentalidade e atitudes, num exercício diário, para que o estigma do câncer possa ser minimizado e não impactar tanto as pessoas, nos tirando da espera e nos conduzindo ao protagonismo. Segundo Paulo Freire, educador e filosofo brasileiro, “É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar.

Adriana Paes

Psicóloga e Mestre em Educação

Glossário

Por: Dra. Milena Ribeiral – Oncologista

– Quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células do organismo que crescem de maneira desordenada e formam um câncer

– O tratamento é chamado de ADJUVANTE quando é administrado após um tratamento considerado definitivo, geralmente cirúrgico, com o objetivo de destruir focos microscópicos de células cancerosas que ainda possam persistir em algum lugar do organismo. É uma forma de complementação do tratamento, e totalmente individualizado para cada paciente.

– O tratamento NEOADJUVANTE é aquele que é realizado antes de um

procedimento cirúrgico e objetiva diminuir o tamanho/volume do tumor, possibilitando na sequência, cirurgias mais conservadoras e com maior eficácia (também deve ser individualizado caso a caso).

– O tratamento PALIATIVO é aquele que visa controle de doença, e não sua cura.

– Radioterapia é um tratamento no qual se utilizam radiações ionizantes para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem e ainda pode ser utilizada no controle da dor e sangramento causados pelo câncer.

– A imunoterapia é um tipo de tratamento que tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico do próprio paciente de maneira que este possa combater o câncer.

– Terapia alvo tem o foco de combater as moléculas específicas, direcionando a ação de medicamentos, exclusivamente ou quase exclusivamente, às células tumorais, reduzindo assim, suas atividades sobre as células saudáveis e os efeitos colaterais. Dessa maneira visa acertar e destruir os alvos moleculares (por isso o nome terapia-alvo), ou seja, proteínas e outros materiais que são importantes para o funcionamento de certos tipos de células cancerígenas.

– A hormonioterapia é uma das formas também utilizadas para tratar pessoas com câncer. O corpo humano é feito de muitas células e todas elas precisam se comunicar para manter um bom funcionamento do organismo. Isso é feito através de substâncias naturais chamadas de hormônios. Muitos cânceres surgem em locais que são estimulados normalmente por estes hormônios, como a mama e a próstata. Mas as células do câncer usam estes hormônios para estimular o seu crescimento e avanço. A hormonioterapia é um tratamento que utiliza remédios para bloquear a ação desses hormônios e evitar que eles estimulem o crescimento das células do câncer.

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