Search
Close this search box.
Edit Content

Seja bem-vindo a Solus Oncologia

(32) 3512-3302

Whatsapp

(32) 3512-3333

Atendimento e Consultas

Seg. a Sáb.

das 07:00 às 19:30 hrs
Sáb. das 08:00 às 13:00hrs

Sexualidade e libido no paciente oncológico

Sexualidade e libido no paciente oncológico

O que você entende por Sexualidade?

A sexualidade é um fator importante que influencia a saúde física e mental em todas as suas dimensões, incluindo o biológico, psicológico, social, cultural, espiritual,  religioso,  político  e  legal.  Assim,  determinando  que  a  sexualidade  não  se limita  apenas  a  atividade  sexual  (sexo),  mas  inclui  também  todos  os  aspectos  sociais.

Sexualidade é,  assim,  uma  faceta  do  corpo,  da  existência,  das  conexões  entre  indivíduos  e  das dinâmicas sociais, capaz de promover o bem-estar, o crescimento e a autorrealização, sendo considerada como um elemento inerente à identidade de cada pessoa. Não deve ser entendida como um termo intercambiável com o conceito de sexo, já que se origina da interação   de   diversos   fatores,   incluindo   aspectos   biológicos,   psicológicos   e ambientais, moldando a experiência da pessoa e desempenhando um papel crucial no desenvolvimento humano. Ao ser uma parte essencial das relações afetivas, refere-se à forma como cada indivíduo se conecta consigo mesmo e com os outros, buscando afeto, o que, por sua vez, impacta a saúde física e mental, a qualidade de vida e o bem-estar. A intimidade deve ser encarada como um canal de comunicação e prazer, intrínseco a toda  a  humanidade,  mediando  a  totalidade  do  ser  e  influenciando  pensamentos, emoções, ações e interações.

Sexualidade  se manifesta  em  contextos de relacionamentos sociais,   onde   a   busca   por   conexão   emocional   e   afetiva   desempenha   um   papel fundamental. Também  pode  ser  vista  como  uma  expressão  da individualidade, onde as pessoas exploram suas preferências, identidades e desejos para atingir uma integração mais completa de si mesmas.

 

Sexualidade e Oncologia

A convivência com uma doença grave como o câncer é uma ameaça ao destino que abre uma ferida no nosso sentimento de onipotência e imortalidade, fazendo-nos perder a ilusão de controle. Vamos nos deparar com os efeitos biológicos, psicossociais e espirituais da doença. Dos efeitos biológicos vamos tratar e das suas repercussões vamos cuidar.

No diagnóstico de uma doença crônica, os pacientes podem ser levados a defrontar-se com suas fragilidades, limitações e necessidades de cuidados, podendo passar a representar seus corpos como frágeis, doentes e debilitados.

O diagnóstico de câncer, bem como suas diferentes abordagens terapêuticas, afetam o bem-estar psicológico e a qualidade de vida do(a) paciente oncológico, de sua família e, especialmente, de sua(seu) parceira(o).  Há evidências bem estabelecidas de que o câncer e os fatores físicos, psíquicos e sociais a ele associados podem resultar em prejuízos significativos à função sexual, ao estado emocional e ao relacionamento do casal.

Fatores físicos, como alterações anatômicas (amputação colorretal, peniana, testicular, mamária, estenose vaginal), alterações fisiológicas (desequilíbrio hormonal, incontinência urinária ou fecal, alteração de peso, fístulas, estomas) e os efeitos adversos do tratamento (náuseas, vômitos, diarreia, fadiga e alopecia) podem impedir o funcionamento sexual satisfatório, mesmo quando o desejo sexual estiver mantido. Apesar de os efeitos fisiológicos tenderem a diminuir com o tempo, o dano à função sexual pode persistir por anos em sobreviventes de vários tipos de câncer.

Problemas sexuais não se limitam aos portadores de cânceres genitais e de mama. Cânceres ósseo, de pele e de cabeça e pescoço resultam em alterações estéticas. Linfoma e câncer de pulmão são altamente debilitantes. Tais condições, associadas às sequelas do tratamento, podem causar autoimagem negativa e disforia, além de desconforto do(a) parceiro(a), o que leva à evitação da intimidade sexual.

O enfrentamento da doença é geralmente acompanhado de difícil adaptação psicológica e social, tanto do(a) paciente como de sua(seu) parceira(o). Ansiedade, depressão, temor à infertilidade, inquietação quanto à possibilidade de recidiva, incerteza sobre o futuro e sentimento de inadequação pessoal são manifestações emocionais comuns em pacientes com câncer.

Diante da ausência de intimidade sexual, os parceiros que enfrentam a doença podem se sentir isolados, ansiosos ou deprimidos, inadequados ou emocionalmente distantes. Por outro lado, a intimidade pode tornar a experiência do câncer mais suportável e ajudar no processo de recuperação. Dificuldades no relacionamento podem surgir após o diagnóstico de câncer e seu tratamento, caso o(a) paciente oncológico(a) e sua(seu) parceira(o) deixarem de comunicar sentimentos e não compartilharem a mesma necessidade de intimidade.

 

Amanda Costa – Psicóloga Oncológica

CRP MG 04/38574

Deixe um comentário